É uma simples sensação. Uma simples sensação de derrota. De fim. De fracasso. Quanto mais eu me esforço mais os vasos quebram, as casas caem, o mundo explode. Simples assim. Nada veio com o meu nome escrito. Não há canecas com fotos minhas. Esse mundo não é meu. Não pode ser. Nada dá certo.
E eu caminho e canso. O peito pesa e os olhos tristes querem se esvair em lágrimas, mas que lágrimas? Não me é permitido chorar. As lágrimas não são minhas também. Nada é meu. Nem a dor que sinto. Minha dor tem cara de ser mais violenta.
Vontade de destruir tudo. De quebrar os pratos e arrebentar as cadeiras. Vontade de rasgar ao mundo e comer os pedaços. Vontade de sair voando explodindo o chão que eu piso. Deixar tudo pra trás. Sumir. Morrer.
Conformidade. Nada adianta. É só barulho. Não muda nada. Mudar o que? Não tem nada pra ser mudado. A vida é assim mesmo. A minha vida é assim mesmo. Não há chances. Não adianta esperar que um dia se resolva. Não vai. Não acredito mais nisso.
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