segunda-feira, 19 de junho de 2006

Literatura Sanitária

Estava eu na casa de um amigo quando me deu vontade de fazer o número 1 e fui até o banheiro. Pra quem não conhece a numerologia fisiológica, os homens fazem o número 1 de pé e de costas pra porta. Pois então, estava eu ali e ao termino das minhas necessidades me viro pra lavar as mãos e me deparo com algo que me fez refletir sobre a vida. Ali, debaixo da pia, estava um box de guardar revistas com alguns exemplares dentro. Naquele exato momento vi que não era só nos filmes que tal forma de literatura era apreciada. Claro que eu sabia que não se fazia isso só nos filmes, (eu mesmo sempre faço isso) só que não tinha provas. Mas naquele momento eu não me senti mais só no universo. Naquele momento eu não era apenas eu mas sim uma legião de guerreiros que sentavam em seus tronos de cerâmica acompanhados de uma boa revista ou livro. Éramos milhares e estávamos por toda a parte. Da vizinha velha da última casa da rua ao presidente. Todos estávamos na mesma situação. Nossa! Aquele gesto pra mim se tornou com outro significado. Quase que eu não arrio as calças ali mesmo e me consagro por alguns minutos lendo. Claro que seria falta de educação já que eu era visita. Mas na verdade qual seria o problema? Meu amigo deveria entender que eu apenas estava levando adiante um costume que possivelmente atravessa os séculos.

E quais os benefícios? Ora, essa é bem simples. É um tempo em que você fica mais à vontade com o seu "eu" interior. Nada melhor do que ler no banheiro. Meu amigo Mario Filho diz que na informática esse hábito poderia ser descrito como multi-tarefa. Um momento de pura reflexão. Só vc (certos odores e dejetos) e o livro. Até mesmo a "atividade" fica "mais suave". Menos stress com a leitura. Mas no todo isso não é importante. O que importa é aquele momento. Um momento de liberação estomacal e, por que não dizer, intelectual. O momento da glória. Quase vou às lágrimas. É tão bonito.

Mas há aqueles que não entendem. Que insistem em tirá-lo daquele aposento de idéias. Que com os punhos da ignorância lhe forçam a sair do Nirvana. Nesse momento não tenha medo. Apenas abra a boca e fale pra toda a critura da Terra...



"Não enche que eu tô lendo!"



Seu estômago e cérebro agradecem

4 comentários:

Anônimo disse...

caramba, hahahah
mto loco o texto... gostei demais x)

Anônimo disse...

bloh²

Anônimo disse...

Legal!
Hhuhuhu! Hoje na aula estavam falando exatamente disso: "Você já leu o Iracema?" e o outro responde: "Não, sempre que eu vou ao banheiro esqueço de pegar!"

Ah...eu tô sempre lendo as coisas aqui... é que eu tenho um pouco de preguiça de comentar! xD
Ah! o end do weblogger num pega!
Bom, Te cuida!
Vou colocar um link pro seu blog lá no boletim, beleza?

Ana Nogueira Fernandes disse...

uahuahuahuhauauuahuahua
incrivel como todos fazemos isso.