segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Colina Violeta

Tem uma música em mim, que eu não sei bem o que quer dizer.
Que tem versos que eu ainda não consegui entender.
Mas ela fala "se você me ama, não vai me deixar saber?"

A melodia começa a tocar quando minha mente pára
e de repente o que já não tinha sentido fica totalmente insano.
Louco como só na neve durante o mês de Dezembro.

E tem um solo de guitarra que insiste em tocar em qualquer momento
Eu já tentei tocar mas incrívelmente os dedos não aprenderam o que o ouvido viu
E eu fico imaginando toda aquela gente que também não a entende.

O refrão é a única parte que consigo entender.
E é muito ruim por que eu não tenho por que cantá-lo.
Porque eu gostaria de dizer "se você me ama, não vai me deixar saber?"

Alberto Knox

Eu gosto de andar. Desço a rua com as mãos nos bolsos. Meus pés conhecem a direção que minha mente perdeu. Meus olhos olham atentamente o nada que surge a cada passo. É incrível como o mundo gira sem mim. Parece tão irreal.

Paro na esquina e observo os carros passarem. Não quero atravessar. Seria bom andar um pouco mais do lado de lá, mas antes eu quero ver os carros passarem. Quero ver a vida vivendo. Uma criança correndo. Um velho chorando. Uma roda parada. É tudo tão irreal.

Olho as horas, mas não pra ver o tempo passando. Só gosto de ver os dígitos mudando. O homem vencendo. Somos mesmo muito espertos não? Temos relógios digitais. Bombardeamos cidades em pássaros de aço. Brincamos de bomba-pega. Escolhemos raposas ao poder. Pagamos impostos. Comemos meleca. Será tudo irreal?

Gosto de ficar aqui no alto do prédio. Gosto de olhar as nuvens. É como se elas subissem um pouco mais. É como se fugissem um pouco mais. Gosto de olhar pra baixo também. Ver os insetos trabalhadores. Muito ocupados pra contemplar a vida. A Terra. Homens e suas caixas com rodas. Homens e seus sapatos caros. Roupas amassadas. Óculos sujos. Cara manchada. Não sei mas, pareço tão irreal.

sábado, 27 de setembro de 2008

Se você me ama, não vai me deixar saber?

Foi um longo e escuro dezembro
Dos telhados, eu me lembro
Estava nevando (tinha neve), neve branca.

Claramente, eu me lembro
Das janelas, eles estavam assistindo
Enquanto nós congelávamos lá embaixo.

Quando o futuro é arquitetado
Por um carnaval de idiotas em amostra
Seria melhor você ficar quieto.

Se você me ama,
Não vai me deixar saber?

Foi um longo e escuro dezembro
Quando os bancos tornaram-se catedrais
E a névoa tornou-se Deus.

Padres agarraram-se às bíblias
Se viraram para acomodar seus rifles.
E a cruz foi segurada no alto

Me enterre em uma armadura
Quando meu corpo cair no chão.
E um amor de volta pra casa se desdobrará.

Se você me ama,
Não vai me deixar saber?

Eu não quero ser um soldado
Com um capitão de um navio náufrago
E com a neve muito distante.

Então, se você me ama
Porque me deixaria ir?

Eu levei meu amor para violet hill.
Lá nós nos sentamos na neve.
O tempo todo, ela permaneceu em silêncio.

Então, se você me ama,
Não vai me deixar saber?

Se você me ama,
Não vai me deixar saber?


Coldplay - Violet Hill

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Todo político é corrupto mesmo? E quem mais? Como saber?

A alguns poucos dias atrás recebi, no meu e-mail (neojoy.rj@gmail.com se vc tiver coisa boa pra me mandar), informações com vários podres dos candidatos atuais à prefeitura daqui de Manaus. Coisa pesada sabem? Envolvimentos em pedofilia, tráfico de drogas, enriquecimento ilícito, prostituição, violência familiar e outros "por menores". Um vislumbre do que há de pior em cada um. E, claro, corrupção no poder. Foi bem interessante. Até me interessei por política lendo aquilo. Mas hoje, houve ou novo evento nesse interim.

O governador do Estado do Amazonas, senhor Eduardo Braga (um dos citados nesse e-mail), veio a público na tv, durante uma entrevista em um jornal local, dizer que essas informações eram falsas e que já estavam investigando o autor (com tecnologias de busca na internet que desconheço) e o levariam à justiça por calúnia. O governador chegou a perder a fala e quase chorar quando tocou no assunto "família" - Eduardo Braga é acusado no e-mail de ser violento com a família, ter tido relações com menores de idade e de ter obrigado a filha a fazer um aborto.

E aí me veio à mente, ele estaria mentindo? Estaria o e-mail mentindo? Será que ele fala a verdade mas os outros candidatos estariam mesmo envolvido em tudo aquilo? Seria uma jogada dele mesmo? O e-mail poderia ter vindo dele. Ou será de outro candidato? Será Deus que existe algum político honesto mesmo?

Sabem (e eu falo muito "sabem"), eu prefiro não acreditar nele e nem no e-mail. Como acreditar? Como levar a sério? Eu já sei em quem votar mas não posso dizer que seja o voto certo. Quem pode? Não dá pra saber. Tudo o que eu sei é que analisei os candidatos e sei em quem votar. Vou orar por todos e inclusive pelo vencedor, seja quem seja. Não posso confiar em homem algum, mas em Deus sim. Que Ele faça a diferença. O resto é o resto.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Queria saber conter a loucura.


Na verdade eu gostaria de ter com quem compartilhá-la. Eu gosto dela. É bom saber que somos todos meio loucos. Eu só queria poder compartilhar dela com ela. 

Querer compartilhar minha loucura com alguém é muito romântico não? Talvez tenha algo de realmente errado comigo.



Ainda sobre o que escrever

Queria falar do cheiro. Da ânsia. Da dor. Do sangue. Das feridas. Da morte. Do que há de mais podre nessa alma humana. Mas as pessoas não gostam de ler sobre isso. 

Gostam de flores e devaneios. Já perceberam que as fotos dos perfis dos bloggers são todas pensativas? Todos os rostos estão olhando o céu, ou contemplando paredes invisíveis. Ou mesmo um chão semi-inexistente. Parecem filósofos que enxergam pirâmides entre formigas. Como se entendessem sobre as nuances da psique humana. E, querem saber, algumas dessas pessoas conseguem mesmo.

A minha foto é contemplativa. Minha mente é contemplativa. Meus textos são contemplativos. Meu blog é contemplativo. Então por que eu não escrevo sobre o que eu gostaria de escrever?

Medo talvez?

Sobre o que escrever

Eu não quero reclamar do mundo. Nem da sociedade. Não quero falar de política ou a falta da consciência política. Não quero comentar sobre jogos ou filmes. Sobre a vida das celebridades ou publicar meu diário. Não quero falar como o mundo era ou como o mundo é. E nem quero continuar naquele mesmo assunto de sempre.

Romance,

ou a falta dele.

É um assunto muito recorrente por aqui.

Eu só quero poder comentar sobre como eu me sinto. Sobre como eu vejo as coisas. Sobre os tons de cinza e vermelho. De amarelo e azul. Comentar sobre os tons das coisas.

E claro, GRITAR NESSE MEGAFONE!!

domingo, 21 de setembro de 2008

Pah! Shwoom!

Eu queria poder jogar baseball. Na verdade não "baseball total" por que a idéia de correr e correr nunca me pareceu muito boa. Eu não gosto de correr. Mas eu queria balançar o taco no ar e acertar a bola em cheio pra fora do estádio. E com uma tacada acertar todas as dúvidas e todos os problemas. Acertar todos os medos e descontroles. Acertar todas as variáveis e mandá-las pra longe. Como se pudesse explodir a bola com a madeira. Eu adoraria fazer isso.


Eu queria poder voar. Não voar como uma andorinha ou um passarinho. Mas como o Super-Homem, com força e velocidade. Com a capacidade de não sofrer os danos da viagem espacial, nem de ter meu cabelo chamuscado. Queria fincar bem os pés no chão, dar a impulsão necessária, e me lançar ao espaço com força. Com violência. Atravessando o cosmos. Sentir o atrito por todo o corpo. Explodir planetas e sóis. Voar com tamanho poder que ultrapassaria mil vezes a velocidade do pensamento da luz. Aí eu voltaria pra Terra e descobriria o que perdi.


Tem vários momentos em que eu gostaria muito de explodir.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

02:08

Será que hoje eu durmo na minha cama?

Um gigante


Sim, é um mal meu. Eu preciso de certezas como gigantes destruindo cidades. Será que se eu estivesse numa cidade que está sendo pisoteada por um gigante eu acreditaria nisso? Eu sou muito medroso, fraco e de uma estima extremamente pífia. Talvez eu imaginasse que fosse apenas um terremoto.

Ah gigante! Pisa na minha cabeça pra eu ter certeza do que fazer!

7 dias tão fáceis de se envolver...

Mallu magalhães - vanguart


Composição: Mallu Magalhães


Ah, se eu fizesse tudo que eu sonho.
Se eu não fosse assim tão tristonho
Não seria assim tão normal

Ah, se eu fizesse o que eu sempre quis,
Se eu fosse um pouco mais feliz
Levantasse o meu astral

7 dias vão e eu nem fui ver
7 dias tão fáceis de se envolver

Ah, se eu tivesse fotografado
Se eu tivesse integrado
Num mundo sobrenatural

Ah, eu seguiria o realejo
Desenharia o que eu vejo
No meu cereal

30 dias do mês que ficou pra trás
E eu sou só mais um desses meros tão mortais

Ah, se eu fizesse alguma diferença
Se eu curasse uma doença
Com uma força genial

Ah, eu cantaria pra fazer sorriso
Eu perderia o meu juízo
Só pra ser especial

7 dias vão e eu nem fui ver
São 7 dias tão fáceis de se envolver

30 dias do mês que ficou pra trás
E eu sou só mais um desses meros tão mortais

Ah, se eu fizesse tudo que eu sonho.
Se eu não fosse assim tão tristonho
Não seria assim tão normal

Ah, se eu fizesse o que eu sempre quis,
Se eu fosse um pouco mais feliz
Se eu levantasse o meu astral



sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Paraolimpíadas. Uma coisa é basquete, outra coisa é bocha.

Se você não sabe ainda estão ocorrendo olimpíadas na China. As paraolimpíadas começaram duas semanas depois dos primeiros jogos e eu tenho tido a chance de acompanhar no SporTv (com os comprimentos da Net), e sabem, tem sido legal. Olha eu realmente tenho gostado. Tem todo aquele lance de "superação humana sobre as adversidades" que me chama a atenção. Parece que o termo "olimpíadas" tem mais sentido com esses atletas.

Outro dia, imaginem só, estava vendo natação quando apareceu um atleta sem os braços! Sentiu o drama? SEM OS BRAÇOS! NA NATAÇÃO! Caramba mas eu fiquei passado. E AINDA ERA ESTILO BORBOLETA! BORBOLETA! SEM OS BRAÇOS! O cara parecia uma cobra nadando! E não falo isso curtindo não. É admiração mesmo. Muito bom. Infelizmente ele ficou com a prata, mas foi legal.

Agora o esporte que eu mais gosto é o basquete. Nossa é muito empolgante. Não por serem atletas em cadeiras de rodas. Não não. É porque parece que fica mais dinâmico e mais estratégico o jogo. O pessoal tem uma destreza e uma precisão incriveis. Muito legal. De verdade.


Agora a bocha... a bocha é um caso à parte.

É aguniante demais! Demais mesmo! O jogador fica todo torto! Ahhhhh. Isso porque tem muitos paraplégicos e com deficiências motoras. É estranho demais ó. 

E os que usam uma calha pra poderem jogar? Ahh aí que mata mesmo. Esses só conseguem mexer a cabeça então vem um ajudante e coloca a calha pra ele no local que ele pedir. Depois o jogador só faz empurrar com a cabeça ou algum aparelho moldado para si - uma varinha. Aguniante demais.


Bom, mas eu gosto das paraolimpíadas. É maravilhoso ver pessoas que não se deixam esmorecer por qualquer dificuldade. Pessoas que convivem bem com suas necessidades. Que conseguem vencer a si mesmas. É algo que eu admiro muito e sempre busco fazer. ;)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

No que eu pensava?




Eu pensava em você.

01:58

Acho que todo mundo gosta de focas.

Dido - White Flag

Gabriela Cravo e Canela

Antigos poemas e poesias

Antigos amores e dores

Deu vontade de falar de sorvete

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Leia minhas músicas. Se interessar ouça também.

Idéias

Já pensei em tantas coisas más pra fazer em mim
Já pensei em me drogar pra ser mais feliz
Já pensei em me esconder no mundo pra fugir do Amor
Já pensei em me matar pra acabar com a dor

Por que? (3x)

Já cheguei a beber tanto de cair no chão
Já cheguei a perder meu tempo em masturbação
Já cheguei a roubar meus pais de 10 reais a 100
Já cheguei a colar na escola em prova de inglês

Pra que? (3x)

Idéias em minha mente
comandam a ação
Definem atitudes
Estragam o coração
O desejo me controla
Afeta a razão
Eu sei qual a resposta
Morrer é a solução!

Morrer! (3x)
Pra mim.

Robson Jorge Loureiro

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Essa música fala sobre atitudes e ações que vem da nossa própria cabeça quando não deixamos Deus tomar conta das nossas vidas. Fala sobre como nossa mente pode ser enganosa.

O primeiro momento é sobre essas idéias que passam em cabeça vazia. Sobre derrubar a mesa e jogar os pratos na parede. "Já pensei em me esconder no mundo pra fugir do Amor" é fugir de Deus. Largar tudo. Muitas vezes isso passa pela cabeça de qualquer pessoa. Seja ela cristã ou não. Seja ela "doida" ou não. São coisas que se maquinam aqui dentro e que podem tomar forma se deixarmos. Coisas que fazem parte da nossa natureza caída.

No segundo momento já são as ações. Nem todas elas eu cometi, mas algumas sim. São coisas que ocorrem justamente quando nos deixamos ser levados pela correnteza. Quando dizemos literalmente "Dane-se! Que o mundo se exploda!". E isso também pode acontecer com qualquer pessoa, e quando menos se espera. Isso porque, como dito antes, nossa mente maquina e pensamentos ruins podem tomar forma. Ninguém se droga do nada. Ninguém trai a mulher do nada. Isso acontece sempre de caso pensado. Talvez não um plano minuciosamente traçado, mas podemos sim dar lugar a pensamentos que se juntam sozinhos. E no fim a gente acaba por experimentar. Ações conduzidas por desejos ocultos, mas vivos e bem alimentados.

O último momento da música já trata da consciência de uma natureza caída. De um corpo corrupto onde realmente somos fracos por que somos humanos. Por que precisamos desesperadamente da natureza divina nas nossas vidas. No final é possível que você não tenha entendido. Fala-se "Eu sei qual a resposta. Morrer é a solução". Não morte literal, onde tira-se a vida terrena. Trata-se de uma morte de vontade. De desejos. De matar essa natureza ordinária. Essa criatura que habita em nós e se delicia de imundícies. "Morrer pra mim". Trata-se de matar o ego. De matar nossos sonhos. De largar tudo aquilo que desejamos e queremos pra nós, e substituir pelo que Deus quer para nós. Ele sim sabe o melhor para as nossas vidas. Mas essa parte eu escrevo na próxima música que postar.

(cont...)

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Dinheiro e compulsão

Sabem, eu tenho um pequeno problema com dinheiro. Eu gosto de gastá-lo. Quando tenho e quando não tenho. E esse é um problema muito grande. Não que eu adore acabar com os estoque de lojas de roupas, ou com o de uma sorveteria, mas eu gosto de gastar. E isso é ainda mais chato quando não tenho dinheiro.

Eu não quero ser uma pessoa rica entendem? Nada da ostentação de grandes quantias. Nem ter uma casa grande e um carrão. Só quero poder ter dinheiro quando eu quiser. Sabem não? Deu vontade de comprar um sorvete, ir lá e comprar. Querer um livro e ir na net encomendar. Roupas novas... corte de cabelo... coisas do tipo. Como se aparecesse no meu bolso assim do nada.

Isso me lembra que de vez enquando eu penso como seria bom ter um gênio da lâmpada. Culpa de um livro de contos de fadas que li a muito tempo, quando meu irmão Ronald - ele tem 13 e eu 23 anos - era um bebê. Entre as muitas histórias havia Aladim no meio. Por aí vocês concerteza conseguem entender. A possibilidade de ter a quem, ou a o que, recorrer quando precisar de alguma quantia é muito boa. Esfregar um anel ou uma lâmpada mágica e "PUF"! Está lá. É verdade que é muito fácil mesmo. E a vida não é pra ser fácil. É pra ser vivida.

E ganhar dinheiro só metendo a mão no bolso magicamente não nos ajuda a dar real valor a ele. E isso é sempre importante. Se você não liga pro dinheiro que tem é porque não trabalhou pra ganhá-lo. E o trabalho dignifica o homem. Faz parte de se ter uma vida bem vivida. Ah mas eu realmente gostaria de um sorvete agora. Infelizmente eu sei que isso é só por gula mesmo. É porque eu tenho dinheiro e quero sentir o gosto de gastá-lo. Tem a ver com poder.

É isso sabem. Gastar, pra mim, tem um gosto de poder. Poder fazer. Poder realizar. Eu quero então eu vou e compro. Um aspecto bem humano não? Eu tenho disso às vezes. Acho que não seria um bom ditador, ou super-herói. Tenho um quê de vaidade muito grande. E ainda tem essa gula. Ai ai.

Vamos orar né? Controlar o instinto. Creio que o maior inimigo que podemos vencer é nós mesmos. Nem sempre fazer a própria vontade é o certo. Na verdade poucas vezes é. Quem diria Saul ou Sansão. Exemplos bíblicos de homens que se deixaram levar pelos próprios desejos e perderam todas as coisas maravilhosas que Deus tinha pra eles. É pessoal. A luta interna é a maior e mais intensa. Sempre.


Falows ;)